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sexta-feira, 8 de junho de 2012

O Sol.

Foi como o amanhecer, como se os raios de sol entrassem na janela do quarto, como se a luz voltasse pra mim, isso tudo foi você, você com esse seu jeito de menino, você com essa capacidade de me fazer sorrir, de me lembrar que tem felicidade em todos os cantos da vida, você com essa mania de sonhar, de andar nas nuvens.

Foi desde então que eu me dei conta de que os dias do seu lado me faziam mais feliz, me faziam desejar que o fim de semana passasse mais rápido, que o trânsito acelerasse pra chegar mais rápido perto de você, não por mera necessidade, mais por vontade de sorrir de novo, de viver de novo, e hoje, nesse instante quando eu ouço a tua voz a noite fica mais leve, tão leve que dá vontade de escrever. Será que isso tem nome? Será possível acontecer de novo? Pela primeira vez, sem medo, vamo deixar rolar.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Mais uma vez...

Fiquei te olhando de longe, seu cabelo desgrenhado, sua bermuda surrada, seus gestos, fiquei observando seu jeito de mexer com as mãos, teu jeito de andar, de sentar, de falar, te vi feliz, sorrindo, mostrado os dentes daquele jeito que eu adoro, continuei olhando mesmo sabendo que era errado estar ali, mais eu não resisti a você (só pra variar), tive que encostar o carro, só pra te olhar de longe, por um instante todo mundo que tava ali sumiu e só havia você, reinando absoluto, com essa sua luz que se aproxima do sol de tão intensa, tão forte, tão quente que eu podia sentir você mais perto.

Eu continuei a te olhar, te vendo ser gentil com os amigos e com as amigas, te vendo brincar com o copo na mão, te vendo cochichar com o seu irmão, continuei vendo seu olhar, pensei por um instante que tivesse me percebido ali, mais não, talvez eu tivesse me tornado invisível pra você, talvez você nem me reconheça se eu ficar na sua frente, mais só por aquele instante valeu a pena te ter ali tão perto mais ao mesmo tempo tão longe.

Você conversou, bebeu, fumou, teve todo aquele charme, toda aquela calma que me deu vontade de me aproximar e dizer "oi", me deu vontade de ir contra tudo e te beijar, te sentir mais perto, mais próximo da minha vida, mas o "toc toc" da realidade veio me despertar dessa ilusão, e eu dei partida no carro, acelerei, você foi ficando cada vez mais distante, meus olhos se encheram de água, talvez não fosse o certo eu ir embora e te deixar ali, mais fazer o que? o que você ia pensar?, eu tive que ir, mesmo contra o meu coração.

Já era tarde quando cheguei em casa, corri pro quarto, peguei o computador só pra ver uma foto sua, não resisti, tive que escrever, pra controlar essa vontade louca que eu tava de pegar a chave e correr pra você.
Tudo bem, só por aquele momento, valeu a pena de ver depois de tanto tempo, mesmo que nem tenha percebido que eu estava ali, tão pertinho, te admirando, resistindo, sentindo.

Em meio a multidão. A solidão

Cansada, com medo, com preguiça do amanhã, é assim que eu to me sentindo, eu já tive vontade de correr em volta do mundo, de abraçar lugares, mais ultimamente parece que esse mundo tá de cabeça pra baixo, esqueceram de me avisar que os homens são identificados por CPF e nada mais, que são rostinhos bonitos, corpinhos malhados, mais na essência é tudo igual, esqueceram de me avisar pra não amar, pra não me apegar fácil, nem notaram minha esperança idiota em ser feliz, não fizeram questão de me esperar pra passar pelo portal pra esse mundo novo, nem me perguntaram se eu aceitaria essa mudança.

Quando dei por mim eu estava deslocada desse mundo, sem sentimento sem afeto, me perdi na linha do tempo entre o romantismo e a canalhice, fiquei sentada na parada do ônibus esperando alguém desembarcar, fiquei acreditando no amor, na cumplicidade, imaginando um rosto e um coração. Fiquei sozinha.